Volume de denuncias cresce 5% em seis meses, comparativamente a mesmo período de 2006
De abril a setembro de 2007, os números da Coordenadoria da Mulher de Novo Hamburgo indicam que em torno de 25% das mulheres vítimas de maus tratos domésticos denunciaram os agressores. Este percentual ainda pequeno já demonstra um certo grau de encorajamento das vítimas em denunciar as opressões desde a implantação da lei “Maria Penha”, em abril deste ano.
Para se ter um comparativo sobre o crescimento estimado do volume de denuncias prestadas pelas mulheres, a Primeira-Dama Iris Foscarini lembra que no período de outubro de 2006 a março de 2007, somente em torno de 20% das mulheres locais se sentiam protegidas para denunciar os maus tratos.
E é exatamente a questão da violência social sofrida pela mulher, pela criança e pelo adolescente que a Coordenadoria da Mulher está se propondo a dialogar durante o III Fórum Regional pelo fim da violência, a ser realizado nesta quarta-feira, 21 de novembro, das 8 às 17h, no Salão de Atos da Feevale, no Campus II, em Novo Hamburgo.
Iris Foscarini diz que a iniciativa tem a função primordial de levar informações para as pessoas da comunidade, a fim de que elas saibam como agir em casos de violência na família ou no seu grupo de amizade. “Ter informações, conhecer os direitos e a legislação disponível no Brasil está no centro dos debates a serem realizados durante este seminário que abordará as diversas formas de violência social”, comenta Íris.
A Primeira-Dama argumenta que o evento é fruto de um debate que ocorre na rede Pró-Mulher que se reúne sempre na última segunda-feira de cada mês, a partir das 13h30min, no Centro Administrativo Leopoldo Petry. “No encontro desta quarta-feira, devem se formar novos multiplicadores de uma política anti-violência, proporcionando amadurecimento das pessoas que já estão envolvidas neste assunto como dos cidadãos em geral que se dispuserem a ir até a Feevale e participar gratuitamente deste debate”, adianta.
Com relação à estrutura que está sendo disponibilizada para receber as vítimas de maus tratos, Iris informa que existe a Casa de passagem e o Viva Maria, em Porto Alegre. “Temos recebido o apoio importante e de grande respaldo da pretora Elena Puhl, que tem trabalhado pelo cumprimento da lei Maria da Penha”, destaca. “Na aplicação da legislação, o agressor é que tem saído de casa”, argumenta.
As conclusões desta edição do Fórum, adianta Iris, deverão ser fortemente trabalhadas na rede municipal de Educação a exemplo do que ocorreu em anos anteriores, e, ainda, serem levadas para o conhecimento do Comitê Estadual Contra a Violência.