Recurso do consórcio vencedor da obra de extensão do trem a Novo Hamburgo não tem data para ser julgado
O que era para ser uma tarde festiva para a comunidade de Novo Hamburgo, mais uma vez acabou em decepção. Nesta quarta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU) retirou da pauta o recurso do consórcio Nova Via, que pedia a liberação imediata para começar a obra de extensão do metrô. E o pior: não há previsão para o pedido ser julgado.
A expectativa é de que o TCU não só analisasse o processo como votasse a favor do recurso, possibilitando o início da obra do trem até Novo Hamburgo. Até mesmo o Ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, conselheiro da Trensurb, acreditava no sinal verde do Tribunal. Porém, a esperança não se confirmou.
O ministro-substituto e auditor do processo 007.444/2001-7, Augusto Sherman Cavalcanti incluiu o processo na pauta desta quarta-feira e depois voltou atrás, retirando o assunto da ordem do dia e não definindo uma nova data.
A Comissão Especial Pró-Trensurb da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo esteve representada na sessãodo TCU pelos vereadores Ralfe Cardoso (PSOL), Gilberto Koch (PT) e Volnei Campagnoni (PCdoB), que mais uma vez viajaram em vão à Brasília, sem poder acompanhar uma boa notícia para a cidade.
Segundo o vereador Volnei, o motivo da retirada da pauta do processo é que o TCU quer mais tempo para poder analisar o recurso impetrado pelo consórcio, que é formado pelas empresas Odebrecht, Toniolo Busnello, Andrade Gutierrez, DCRS, Balfour Beatty e Ttrans.
O presidente da Trensurb, Marco Arildo Prates da Cunha, adiantou que o relator do recurso será procurado nos próximos dias para a tentativa de um acordo. “Vamos propor que ele aprove o início das obras mediante garantias do consórcio e, ao mesmo tempo, o TCU siga analisando o processo. O que não é possível é que uma obra fundamental para o transporte na região metropolitana siga trancada pela burocracia”, diz.
Em reação ao novo adiamento, a Comissão Pró-Trensurb já apresentou uma Moção de Repúdio ao TCU pela morosidade na análise. Para o presidente da comissão, Ralfe Cardoso, o descaso o Tribunal é inadmissível. “São sucessivos adiamentos sem explicação. A comunidade hamburguense não suporta mais tanta espera”, reclama.