Capitão André Stein, que perseguiu e matou dois assaltantes na segunda-feira, é exaltado como herói
As cenas de horror, ainda recentes, não saem da cabeça do capitão André Stein. Na manhã de segunda-feira, o policial militar teve que encarar três assaltantes que tinham atacado uma loja no bairro Canudos. No confronto, dois bandidos morreram, outro ficou ferido e agora Stein recebe o reconhecimento como um herói da segurança pública.
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Nesta quarta-feira, o policial militar ganhou os cumprimentos do Grupo Pensando Novo Hamburgo. Em breve, o 3º Batalhão de Policiamento Militar deve tornar público o reconhecimento pela bravura do policial.
Segundo o comandante José Paulo Silva da Silva, Stein mostrou profissionalismo ao encarar três delinqüentes que portavam cinco armas de fogo. Por isso, foi considerado o destaque da semana do Batalhão no combate à criminalidade.
“Ele está de parabéns. É uma situação que faz parte da nossa rotina. Alguém tem que fazer este serviço, alguém tem que defender a sociedade”, diz, ressaltando que, somente em 2007, 42 policiais perderam a vida no Rio Grande do Sul durante a atividade profissional.
Tiros, mortes e reflexão
Ao relembrar o enfrentamento com os bandidos, Stein conta que não consegue esquecer a expressão de desespero do morador que teve a casa invadida pelos delinqüentes durante a tentativa de fuga. “Tivemos que atirar em direção à casa e a preocupação é se não havia inocentes na linha de fogo”, relembra.
Terminado o drama, o capitão diz que a expressão de desespero do morador mudou para a de gratidão. “Agradeci bastante por estar vivo. O reconhecimento da sociedade não tem preço, mas são essas pessoas, comerciantes e trabalhadores, que são os verdadeiros heróis.”
O assalto ocorreu na loja Autopeças Silva, situada na rua Bartolomeu de Gusmão, bairro Canudos, por volta das 8h15min da segunda-feira. Três homens armados entraram na loja, anunciaram a ação, roubaram um Fiat Uno e utilizaram o carro na fuga. Perseguidos pela Brigada Militar, eles trocaram tiros com o capitão Stein e levaram a pior.
Alexandre Aguiar Magalhães, 27 anos, e Paulo Roberto Teixeira, 28, morreram na reação policial. Fabiano Santos, 25, ficou ferido. Stein, que traz no rosto uma pequena marca de um tiro que levou de raspão, relata que todos os três eram considerados foragidos da polícia e tinham em suas fichas criminais registros por homicídio.