Expectativa na Trensurb é de que consórcio vencedor da licitação obtenha sucesso em seu recurso no TCU
A novela mais enrolada dos últimos dez anos em Novo Hamburgo e região tem novo capítulo nesta quarta-feira. O Tribunal de Contas da União (TCU) volta a analisar o processo de extensão da Linha 1 do metrô de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Em votação, estará o recurso do consórcio vencedor da licitação para realização da obra, que solicita imediata liberação para iniciar a construção.
Segundo apurou o novohamburgo.org, há uma expectativa de que o consórcio Nova Via obtenha êxito em seu recurso no TCU. O Ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, conselheiro da Trensurb, teria confidenciado em recente reunião em Porto Alegre de que o Nova Via deve ganhar o sinal verde do Tribunal.
O presidente da Comissão Especial Pró-Trensurb da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, Ralfe Cardoso (PSOL), deve estar em Brasília para acompanhar a votação. “A comunidade não pode mais esperar e, nesse momento, a realização da obra depende apenas de uma decisão do tribunal”, argumenta Ralfe, que viaja junto com os vereadores Gilberto Koch (PT) e Volnei Campagnoni (PCdoB).
O superintendente da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), Humberto Casper, confirmou que também acompanhará o julgamento do recurso do consórcio, formado pelas empresas Odebrecht, Toniolo Busnello, Andrade Gutierrez, DCRS, Balfour Beatty e Ttrans.
Casper ainda deu uma nova notícia ao novohamburgo.org. Ele adiantou que o deputado federal Cláudio Antônio Vignatti (PT-SC) será o relator da emenda que prevê a destinação de R$ 1 bilhão para obras das linha 1 e 2 da Trensurb no Plano Plurianual da União para o exercício 2008 a 2011. “Conversamos com ele em Brasília e obtivemos seu apoio durante o processo de elaboração de emendas, na Câmara dos Deputados”, disse Casper.
O raciocínio que a direção da Trensurb está fazendo é que, alcançada a liberação do recurso federal e com o aval do TCU, a obra poderia ser iniciada o mais rapidamente possível, recuperando assim o tempo perdido desde 2001, quando as contestações judiciais tiveram início e prejudicaram o desenvolvimento do projeto.
Segundo o presidente da Trensurb, Marco Arildo Prates da Cunha, o início dos trabalhos está diretamente ligado à aprovação do recurso ao processo atual. Em caso de rejeição, nova licitação deverá ser realizada o mais breve possível.