Frederico Reinoldo Plestch. Talvez você não o conheça por esse nome completo, mas conhece esse personagem importante da história de Novo Hamburgo, mas te conto: o Fredão é um daqueles caras que, além de ter um coração enorme, trabalha para todos. Serve com uma elegância, com uma educação e respeito como poucos. E ainda transcende sua batalha por essa história olhando para frente, sempre.
O “Fred” é a mente que fundou a nossa Zero Grau, Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), e outras diversas feiras que trazem vida ao setor calçadista de Novo Hamburgo, Vale do Sinos e de todo o Brasil. O Fredão não só mostra a importância do nosso Calçado, mas agrega e UNE esse setor que é a história da nossa “capital do Calçado”.
Nesta semana, fui na Zero Grau. Vi, na dura luta do Fredão, da sua esposa e eterna companheira Cris, da sua amada filha Roberta, e de toda a família Merkator botar essa feira “em pé”. Foram meses e meses de planejamento e construção para deixar tudo perfeito.
E sim, essa Zero foi mil: atingiu a perfeição. Com o fim da feira , hoje, atingiu as presenças de 10% dos expositores presentes nesta edição, somando mais de 150 marcas já para novembro de 2023.
Os lojistas brasileiros encomendaram cerca de 70% de suas compras para o outono/inverno do próximo ano na feira, aproveitando lançamentos e oportunidades de negócios, e a indústria conseguiu encaminhar cerca de 30 a 40% de sua produção do primeiro trimestre de 2023 nestes três dias de evento na serra gaúcha. Também o mercado externo contribuiu para este resultado. Daniel Del Barco, proprietário de Calçados Del Barco, localizado em San José, na Costa Rica, que fez quase 100% de suas compras da temporada fria na feira. “Quase todo o estoque é comprado aqui, pois pouca quantidade compramos na Colômbia e o resto no Brasil, que tem muita experiência na exportação. Toda a negociação aqui é muito fluída e cômoda”, diz ele.

12 mil pessoas passaram pelo pavilhão. Um deles, Sidique Habibb, árabe. Veio direto da Arábia Saudita – mais de 1 dia para chegar em Gramado. Com sorriso no rosto, me perguntou, em inglês, quem fazia a feira. Com orgulho, respondi: “A organização é de Novo Hamburgo, minha terra. E essa mente se chama Fredão Plestch!”
Para encerrar, quero deixar um recado, a todos: sem o Fredão, hoje, o mercado seria uma pura desunião, talvez sem feiras, como essas. Valorizem e lembrem mais disso, lembrem da brilhante capacidade deste hamburguense de unir o mercado como ninguém. E lembrem que a SICC e a Zero Grau são as verdadeiras feiras do Calçado, unindo-se a FENAC, com a FIMEC, que é feira de todos os setores para a produção do Calçado. Além disso, a CouroModa e a Francal fazem parte dessa história.