198 anos
25, julho, 2022. Há 100 anos, essa data reserva dois importantes momentos da nossa história: o aniversário da Imigração Alemã no Brasil e da cidadã emérita de Novo Hamburgo, Emília Magret Sauer. No dia dos 198 anos da Imigração, Emi tem a alegria de dizer que vive a vida como uma “arte”.
Fundadora do Instituto de Belas Artes, que também deu origem a Universidade Feevale, “Emi” foi pioneira na região, seja como professora ou líder.
Ao completar 100 anos, Emi mora no Sinfonia Hotel Residência, em NH. Lá, fez muitos amigos e tocou muito piano ao longos dos anos.
Nos 99 anos, a reportagem foi até o quarto de Emi, junto ao curador da Fundação Ernesto F. Scheffel, Ângelo Reinheimer, e a filha do jornalista Alceu Feijó, Aurea Feijó. Emi recebeu o trio de forma singular: desejando frases de amor, ela desejou a todos que a vida seja bem vivida. E disse que precisamos ter fé.
Natural de Ijuí, Dona Emi, como se tornou conhecida em sua trajetória profissional, nasceu em 25 de julho de 1922. Seis anos depois, mudou-se para Lomba Grande, após seu pai candidatar-se à vaga de pastor na Comunidade de Confissão Evangélica Luterana. Com a única irmã, Elizabetha, foi interna da Fundação Evangélica de Novo Hamburgo e, posteriormente, estudou música no conservatório Carlos Gomes, no Colégio São José, de São Leopoldo.
Após esse período, as duas atuaram como professoras da instituição por quatro anos. Juntamente à mãe, poetisa e escritora, Emi e Elizabetha criaram uma pequena escola na qual ensinavam música e idiomas. O desafio foi imposto à família após a morte do pai. Com o passar do tempo e algumas mudanças de endereço, o empreendimento cresceu e ganhou importância no município, transformando-se no Instituto de Belas Artes de Novo Hamburgo (IBA).
Pianista, Emi foi responsável pela formação musical de inúmeros alunos ao longo de sua carreira. Na década de 1960, mesmo tendo deixado a direção da instituição por apelo de seu marido, o austríaco Alfredo Häckl, prosseguiu trabalhando com canto orfeônico no colégio Visconde de São Leopoldo e musicoterapia na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).