Mesmo sem falar em percentual, líderes empresariais e políticos querem elevar a alíquota do wet-blue, hoje em 9%.
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) voltaram a reivindicar nessa terça-feira a elevação da alíquota para exportação de couros no estágio wet-blue, que atualmente é de 9%.
A posição foi anunciada numa reunião realizada em Brasília, que não determinou de quanto seria o índice de elevação a ser sugerido. Os empresários alegam concorrência desleal de parte dos fabricantes de outros países.
Como alguns elos da cadeia produtiva de couro e de componentes não estavam representados no encontro, a exemplo da AICSul, os participantes optaram por buscar a afinação do discurso, para só depois chegar na mesa de negociação com o governo.
A decisão de pedir a ampliação da alíquota ocorreu durante a reunião do Grupo de Trabalho do Setor Calçadista, com integrantes da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados, e da Frente Parlamentar do Setor Coureiro-Calçadista, realizada em Brasília, com a participação do deputado Renato Molling.
“A forma de tributação e o valor da alíquota não é unânime entre os setores. Mas acredito que a melhor forma de resolvermos esse impasse é unirmos os setores e unificarmos os discursos junto à equipe econômica do governo”, acredita Molling, presidente da Frente Parlamentar.
Para o deputado, é fundamental que haja uma política industrial voltada para os setores intensivos em mão-de-obra e que dê condições ao segmento do couro e do calçado de agregar valor e gerar empregos no país. Molling também sugeriu que parte deste tributo de 9%, seja investido na cadeia produtiva do setor coureiro através da criação de um fundo.
Estiveram presentes na reunião Adimar Schievelbein, representando a Abicalçados, e o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Umberto Cilião, além de empresários ligados ao setor.