Manifestação em frente ao Bradesco e Banrisul sinaliza para possível greve a partir de 1º de setembro
Hoje é o Dia Nacional dos Bancários. Para marcar a data e a abertura da campanha salarial de 2007, a direção do sindicato da categoria, em Novo Hamburgo, realiza desde as primeiras horas da manhã, um ato em frente a agência do Bradesco e do Banrisul, na rua Bento Gonçalves, esquina com a Joaquim Nabuco.
Conforme o sindicalista Joey de Farias, o ato desta terça-feira tem o objetivo de pedir o apoio da comunidade, através de uma carta aberta, para uma possível greve do setor, que poderá acontecer a partir de 1º de setembro.
Os sindicalistas dizem que os bancos estão funcionando normalmente e que as atividades propostas servem para comunicar as pessoas de que “os bancários estão sofrendo com os baixos salários”, argumenta.
“Planejamos colocar balões, faixas e chamar uns malabaristas para transmitir a mensagem sobre o superfaturamento dos bancos, em especial do Bradesco, que nos seis primeiros meses desse ano alcançou um faturamento de R$ 4 bilhões e o Banrisul, que está sendo privatizado pela governadora”, justifica.
A situação atual da negociação entre bancários e a Federação Brasileira dos Bancos – Febraban, segundo o sindicalista Everson Gross, é bastante embrionária. “Na quinta-feira passada, ocorreu o primeiro encontro de negociação das cláusulas econômicas e sociais e ficou acordado que a próxima rodada de conversação acontecerá dia 5 de setembro”, relata.
O principal enfoque do debate está girando em cima do percentual de reajuste salarial. “Estamos pedindo um aumento real de 10,30% sobre o salário de setembro do ano passado e definindo um calendário para debate das clausulas sociais”, destaca.
Aqui em Novo Hamburgo, os manifestantes prometem manter as atividades até às 14h e, no final, farão a distribuição de um lanche entre os participantes.