Servidores alegam perdas salariais de 47,77% e realizaram manifestação na agência central da cidade
Servidores federais dos Correios do Vale do Sinos e do Paranhana se reuniram na manhã desta quinta-feira em frente à agência dos Correios de Novo Hamburgo, na rua Pedro Adams Filho, 5156, para um dia de manifestação pela reposição das perdas salariais de 47,77%, o equivalente a R$ 200,00 sobre o básico da categoria. Entretanto, a agência manteve as portas abertas e o atendimento ao público durante a manhã.
Conforme o sindicalista, Luis Carlos Vieira, durante uma negociação ocorrida nesta quarta-feira, em Brasília, entre trabalhadores e a direção da instituição, não houve acordo e a oferta de reajuste foi de 3,74%. “Frente a esse desrespeito, hoje 75% dos trabalhadores da agência de Novo Hamburgo cruzaram os braços”, argumenta.
Conforme a delegada sindical de Três Coroas, Andréia Jungtoen, participante da paralisação em Novo Hamburgo, ela e mais um grupo de 30 funcionários teriam chegado bem cedo ao município para reforçar o movimento grevista.
“Esse dia nacional de luta é apenas uma pequena amostra do que poderá acontecer em 12 de setembro, em todo o Brasil, e por tempo indeterminado, se o pacote com 279 cláusulas, entregues a direção da empresa, não for negociada, uma por uma”, alerta a servidora pública.
Conforme Vieira, existe uma enorme diferença entre o menor e o maior salário da categoria. Enquanto a remuneração inicial é de R$ 524,00, os servidores da direção da empresa ganham até R$ 25.000,00. Segundo ele, há também as terceirizações, a retirada dos direitos sociais, a precária condição de trabalho, os riscos com os assaltos às agências e aos carteiros.
Outra reivindicação é a reposição de pessoal. “Existe a necessidade de contratar em torno de 8 mil novos colaboradores e existe até uma fila de espera, de pessoas aprovadas em concursos públicos que não estão sendo convocados”, destaca.

Direção
A gestora da unidade de Novo Hamburgo, Eni dos Santos diz que a agência está funcionando normalmente. “Diariamente, temos 17 colaboradores e hoje eu tenho 16 pessoas trabalhando e apenas 1 está doente”, argumenta. Eni garante que todos os serviços estão funcionando normalmente.
Já o gerente regional dos Correios, Clemente Krechovieki, disse por telefone que no Vale do Sinos e Paranhana em torno de 20% da categoria da parte operacional aderiu à greve. “No atendimento, a paralisação atinge algo em torno de 5% dos servidores”, argumenta.