O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse nesta sexta-feira, 13 de maio, que o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) deverá cortar até 4 mil cargos comissionados até o final deste ano e fazer auditoria em programas sociais.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto após a primeira reunião ministerial do novo governo, que assumiu ontem após o Senado determinar o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de um processo de impeachment.
Jucá disse que o corte prometido por Temer deverá ser consolidado até o dia 31 de dezembro deste ano e que são uma medida “simbólica”. “Queremos em 31 de dezembro de 2016 (cortar) 4.000 postos desse tipo de gratificação. Isso representa o dobro do que o governo anterior havia anunciado e não havia cumprido. Haverá um esforço da máquina pública de dar o exemplo. Isso não resolve a questão do gasto público e da meta de deficit, mas é um posicionamento que o governo deve dar como exemplo para a sociedade.”
Apesar de estimar em 4 mil o número de cargos comissionados que serão cortados, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, não soube estimar o tamanho da economia que será feita com o corte.
Programas sociais
Os ministros voltaram a afirmar que os programas sociais do governo Dilma, como Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família, serão mantidos, mas passarão por uma auditoria para identificar beneficiários que não estejam enquadrados nas exigências legais do programa.
Segundo Jucá, o Ministério do Planejamento irá cruzar os cadastros dos diferentes programas federais. “Não haverá corte em programas sociais que efetivamente estejam funcionando. O que nós vamos fazer e uma auditoria”, disse.