Certo dia em meio a leitura dos relatórios semanais das professoras de minha escola, uma delas, sensível, escreveu esta frase: Mãe, o primeiro amor de portão! Então me peguei pensando sobre este primeiro amor. Dizem e eu aprovo, que quando amamos uma pessoa, amamos o cheiro, a voz, o toque, e são estes os sentimentos mais guardados, que temos de nossas mães.
Quem não lembra do cheiro de sua mãe, do carinho manso, e mesmo (como no meu caso) que a muito tempo não escuta a voz da minha mãe estrela, posso ouvi-la sussurrar em meu ouvido. Fala de mãe vai direto ao coração, a alma e aguça todos os sentidos. Será que outros amores dependem das relações estabelecidas com este primeiro amor? Sim. Com certeza. Que responsabilidade para nós mães. Aliás, mais uma.
Outro amor que logo surge é o do amigo preferido, tipo meu primeiro amor. Chegamos em casa com nossos filho e o nome do amigo está sempre presente, ele é até mesmo culpado por coisas que nem fez, não importa, ele ali está, preenchendo seu espaço.
Mãe, Pai, Professores, Amigos, nossos primeiros amores de portão. Ah! despedidas e reencontros do dia á dia que ocorrem nos portões de nossas vidas. Objetos geralmente frios, de ferro, que são portais, arcos onde o afeto aflora!
Mãe portal da vida, que assim seja para todo o sempre.
Kelin Becker
Filha e Mãe