A cidade atingiu a menor taxa de mortalidade infantil de sua história com ações integradas e projetos de ação continuada
Os trabalhos integrados dos serviços saúde pública em Novo Hamburgo obtiveram bons resultados, atingindo a menor taxa de mortalidade infantil de sua história. O índice passou de 11,92%, em 2005, para 10,4%, em 2006. O índice de mortalidade infantil é a relação dos nascidos com vida e o número de óbitos de crianças menores de um ano, em determinado local, e calculado na base de mil nascidos vivos.
Para o sociólogo Arthur Alexandre Virtuoso, coordenador de Planejamento e Informações em Saúde da Secretaria de Saúde (Semsa), a redução é o resultado do trabalho eficiente e integrado do Hospital Municipal, do Pronto-Atendimento (PA), das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), do Centro de Especialidades e do trabalho de prevenção da Semsa.
Uma ação deseja diminuir a mortalidade infantil através da melhora na alimentação da comunidade hamburguense, é o Projeto Nutrir, que está sendo desenvolvido pela Semsa e Departamento de UBSs. São realizados atendimentos e as pessoas são incentivadas para consumir alimentos de baixo custo, mas de alto valor nutricional.

O projeto Amigos do Bebê também está contribuindo ativamente para a diminuição das mortes entre recém-nascidos. Uma enfermeira circula diariamente, pela maternidade do Hospital orientando as mães sobre cuidado com o bebê e métodos contraceptivos.
Para fazer o acompanhamento da gestante realiza-se uma entrevista com ela, e a partir disso, recebem orientações e material explicativo, além do nome de um profissional de referência da UBS de sua preferência. O grupo dá assistência continuada às crianças de zero a um ano de idade, com acompanhamento do peso e da saúde da criança.
A UTI Neonatal do Hospital é referência de atendimento em Novo Hamburgo e também para as cidades vizinhas, em função de sua infra-estrutura, como explica a enfermeira chefe do HMNH, Susana Grün. “São dez leitos de tratamento intensivo e dez de intermediário. A unidade conta com uma equipe composta por neomatologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, todos trabalhando juntos há quase 14 anos”.

A maioria dos casos atendidos na UTI Neo Natal são de bebês prematuros, e quando saem do hospital, são encaminhados ao Centro de Especialidades da cidade. “Eles já saem com consulta marcada, mas caso os pais não levem a criança ao médico, os Amigos do Bebê vão até sua residência buscar informações sobre a criança”, diz Susana.
Outra ação de grande importância é realizada pela Vigilância Sanitária DST/HIV, que faz testes de doenças sexualmente transmissíveis e Aids. Quando diagnosticada uma doença, as mães recebem tratamento e visitas domiciliares. Em caso de HIV positivo, para evitar a contaminação do bebê, as mães são aconselhadas a não amamentarem e recebem leite para a criança da Administração.