Desde que assumiu posto, Santos Cruz deu aval para que as tropas realizassem operações conjuntas com as Forças Armadas da República Democrática do Congo em áreas dominadas há 18 anos pelo M23.
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Sete meses após ser convocado para comandar a missão de paz da ONU na República Democrática do Congo, a única com autorização para atacar rebeldes, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, de 60 anos, comemora o fim do confronto com o Movimento 23 de Março – M23, o maior grupo guerrilheiro do país, que anunciou no dia 05 o encerramento da luta armada.
O trabalho no país africano, em que atuam mais de 80 grupos opositores, no entanto, continua. “Não podemos dizer que o Congo está pacificado”, afirmou o general, ao portal de notícias da rede Globo, o G1.
“O M23 é apenas um dos grupos, que se evidenciou muito no último ano por ter suporte político e ocupar importantes áreas, como a cidade de Gona, que tem 1 milhão de habitantes. Mas há ainda mais dezenas de grupos armados espalhados pelo país, temos muitos outros para enfrentar agora”, disse o general.
Desde que assumiu o posto, Santos Cruz deu aval para que as tropas realizassem operações conjuntas com as Forças Armadas da República Democrática do Congo em áreas dominadas há 18 anos pelo M23. Mesmo ciente das dificuldades, o general afirma que se surpreendeu com violações aos direitos humanos e violência dos insurgentes. Em combate, enterrou em combate um soldado, um major e um tenente, nenhum deles brasileiro.
Entre 2007 e 2009, o oficial comandou as tropas multinacionais no Haiti, onde o Brasil mantém desde 2004 mais de 1,3 mil homens. Na época, liderou a pacificação de Cité Soleil, uma das áreas mais violentas do país caribenho.
Informações de G1
FOTO: reprodução / Sylvain Liechti / ONU