Oportunidades oferecidas pelas cidades e o conforto contribuiria para pessoas deixarem os campos. Em alguns setores, remuneração chegou a crescer 300%
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O salário médio pago para um trabalhador do setor agropecuário apresentou uma alta de 169% entre e 2001 a 2011 no Rio Grande do Sul. Porém, a remuneração facilitou para encontrar profissionais mais qualificados.
Os valores ainda são inferiores comparados com a média de setores como serviços, comércio e construção civil. Questões como um salário menor, além de opções de lazer em locais rurais, a distância da família e o difícil acesso à comunicação e às tecnologias do meio urbano estão entre as principais causas da falta de interesse dos profissionais pelo campo.
De acordo com o a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag, de 2003 a 2012 o número de empregados na área (fixos e temporários) caiu de 200 mil para 170 mil. A redução na mão de obra já ocorre em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e boa parte da Europa. A diferença para o Rio Grande do Sul foi a ação do governo em estruturar as áreas rurais.
Segundo a Emater, o valor pago pelo dia de trabalho na produção de uva na região da Serra, por exemplo, subiu 300% entre 2007 a 2013, passando de R$ 20 para R$ 80. Neste meio tempo, o preço mínimo do quilo da fruta foi reajustado em 16% (R$ 0,49 para R$ 0,57) e a produtividade média por hectare também se manteve igual (20 mil quilos por hectare).
Faces do campo e da cidade
População urbana: 9.100.291
População rural: 1.593.638
Jovens no campo (15 a29 anos): 336 mil
Trabalhadores registrados
83,4 mil, segundo o Ministério do Trabalho (2011), ou 170 mil, de acordo com a Fetag, incluindo não registrados
Onde estão os trabalhadores
Pecuária: 55%
Agricultura (arroz, soja, milho, trigo e cevada): 29%
Fruticultura e silvicultura: 11%
Outros:5%
Como os salários variaram entre 2001 e 2011
Agropecuária: 169%
2001 — R$ 380,28
2011 — R$ 1.024,34
Construção civil: 128%
2001 — R$ 545,53
2011 — R$ 1.247,41
Comércio: 122%
2001 — R$ 493,67
2011 — R$ 1.097,09
Serviços: 102%
2001 — R$ 844,51
2011 — R$ 1.707,09
Informações de Zero Hora
FOTO: reprodução /