Data é uma homenagem ao aniversário do escritor Monteiro Lobato. Ocasião também serve para incentivar futuras gerações a cultivarem o hábito de ler. Na oportunidade, a escritora Simone Saueressig falou mais sobre a profissão.
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Nesta quinta-feira, dia 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Literatura Infantil. A ocasião é uma homenagem ao escritor Monteiro Lobato, criador do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que completaria 132 anos de vida desta data.
Em meio a tantos personagens clássicos responsáveis por construir uma geração fãs, como Peter Pan ou Alice no País das Maravilhas, coube aos novos autores criarem histórias que, além de alegrar crianças, foi capaz também de cativar adultos. Quantas pessoas não investiram horas de sua vida lendo os livros de Harry Potter, da britânica J.K.Rowling, e mais tarde colocaram o nome de seus personagens favoritos da saga em seus animais de estimação?
Mais do que isso, essas obras fizeram com que muitas pessoas pudessem não só conhecer um pouco mais da cultura de outros países, mas também fazer descobertas em relação aos costumes brasileiros. Por meio dos trabalhos de Ziraldo, por exemplo, nos foi apresentada a grande miscigenação brasileira através da Turma do Pererê. Graças ao personagem-título e sua turma, composta por Galileu (uma onça pintada) e Tininim (um curumim), entre outros, diversas críticas, dentre elas, a notável urbanização que aconteceu no Brasil e como isso refletiu em diversas regiões.
Quando o leitor vira escritor
Influenciada por autores como C.S.Lewis e J.R.R.Tolkien, iniciar no universo da literatura não foi um problema para a escritora Simone Saueressig. Nascida em 1964, na cidade de Campo Bom, Simone buscou sua primeira editora para uma publicação aos 18 anos. Frequentemente envolvida com crianças, principalmente por lecionar dança, a definição de um público-alvo foi algo simples.
Perguntada pelo novohamburgo.org sobre os principais cuidados necessários ao escrever para crianças a campobonense mostra-se firme ao dizer que “não se pode subestimar o leitor”. A pesar de ter uma grande liberdade para criar uma história, possibilitando o uso de diversos elementos e assuntos para construir o enredo, o mais delicado é saber medir as palavras. “O problema não é o assunto em si, mas sim como abordá-lo”, comenta Simone.
Nacionalização da literatura
“O que acontece é que se consume muito do que vem de fora, sem se discutir o conteúdo”, avalia a escritora. Ela ainda acrescenta que o Brasil é um país de cultura rica e que estes elementos deveriam ser mais aproveitados.
Os avanços das grandes tecnologias também tiveram um papel importante para a venda de livros que são sucesso no exterior. Atualmente, é muito mais fácil descobrir quais são os autores mais vendidos através de listas de grandes jornais diferentes localidades, disponibilizadas em versões para web do que antigamente.
Literatura continuará sendo literatura
Não basta apenas fazer um discurso bem elaborado com palavras, é fundamental colocando-o em prática. Frente a essa situação, Simone Saueressig escreveu o livro O Nalladigua.
A obra faz parte de uma saga que retrata a perda de identidade frente a um universo globalizado. Diante dessas mudanças que vem evoluindo com o passar do tempo, Simone não demonstra estar preocupada e acrescenta que “a literatura vai se transformar, mas continuará sendo literatura”.
Obras da autora
– O mistério do formigueiro
– O Palácio de Ifê
– A Fortaleza de Cristal
– Dois teimosos e um jundiá
– Um rio pelo meio
– Horizontes, Uma questão de tempero
– A Máquina Fantabulástica
– Receita para um dragão
– O Ninho
– Leopoldo Celestino Killing – Pequenas Histórias de uma Grande Vida,
– Um Vulto nas Trevas
– A Noite da Grande Magia Branca
– O pit bull é manso, mas o dono dele já mordeu uns quantos
– O jogo no tabuleiro
– A estrela de Iemanjá
– As asas do dragão
– Um rio pelo meio
– O Jogo no Tabuleiro
– Aurum Domini – O ouro das Missões (prêmio “Livro do Ano – Narrativa Longa” de 2011).
– B9
– Contos do Sul
– A Casa
– O Rubi Ragank
– A história do Rubi Ragank
– O Nalladigua