Civis teriam entrado no local sem equipamento de segurança ou treinamento. Cinco destas pessoas morreram sufocadas pelos gases tóxicos emanados do fogo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A imagem de bombeiros pode sair prejudicada ao final do inquérito que investiga a morte de 241 pessoas no dia 27 de janeiro em decorrência do incêndio que destruiu a boate Kiss em Santa Maria.
Pelo menos três soldados e suboficiais ligados ao Grupo de Incêndio do município podem ser indiciados por homicídio. O ato foi caracterizado quando, supostamente, houve omissão e atos imprudentes durante a operação de salvamento dos jovens que frequentavam o local. O indiciamento só não foi confirmado porque o Ministério Público reluta em denunciar os envolvidos, uma vez que estes teriam participado do socorro e, por isso, seriam vistos como ídolos pela comunidade.
Os cinco delegados que investigam o caso acreditam que um grupo de bombeiros não fizeram tudo o que poderiam para evitar os óbitos. Outra justificativa das autoridades foi de que eles expuseram voluntários a um risco mortal. Os bombeiros ainda teriam convocado civis para entrarem na boate.
“Falamos com familiares desses mortos e comprovamos que todos morreram após voltarem como voluntários, numa operação estimulada pelos bombeiros. Ocorreu ingresso dessas pessoas num lugar onde só profissionais poderiam entrar, com máscara”, comenta um dos delegados.
A falta de equipamentos foi admitida pelo comandante da guarnição de Santa Maria, tenente-coronel Moisés Fuchs.
O indiciamento por homicídio pode envolver outros dois oficiais dos bombeiros. Está praticamente definido o indiciamento por homicídio doloso de dois oficiais da guarnição de Santa Maria: o tenente-coronel da reserva Daniel da Silva Adriano e o capitão Alex da Rocha Camilo, que continua em atividade. Os dois autorizaram o funcionamento da boate por meio de alvarás.
Informações de Zerohora.com.br
FOTO: reprodução / clicrbs.com.br
