Estação piloto, pioneira no Brasil, irá utilizar tecnologia já empregada em diversos países, como Espanha,México, Colômbia, Estados Unidos, Peru e Uruguai, entre outros.
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O atual conhecimento sobre o desempenho das tecnologias de tratamento de esgotos no Brasil é consideravelmente esparsa. O motivo é que há poucas consolidações estruturadas em termos de uma avaliação global. Em grande parte dos municípios, as tecnologias empregadas acabam se tornando caras e produzem resíduos tóxicos.
Desde o final do ano passado, a prefeitura de Novo Hamburgo, em parceria com a Feevale e a Comusa, investigada o uso de tecnologias sustentáveis no tratamento de esgoto no município. Na estação de tratamento de esgoto Mundo Novo, localizada no bairro Canudos, foi instalado um sistema piloto de tratamento. Ele faz uso da tecnologia Hidrolution FMF – Filtro de Macrófitas Flutuantes.
A principal inovação da tecnologia FMF é o uso de balsas para promover a flotação das plantas. Com apoio adequado, as raízes de todas as plantas se entrelaçam, fazendo assim um tapete de raízes que flutua na água. O Hidrolution FMF é um método de plantio e suporte de plantas em água, sendo um dos elos principais para a viabilidade do filtro. Uma vez que ele é formado, o oxigênio é injetado diretamente do ar para o esgoto através das folhas e raízes.
A estrutura de membrana vegetal é estável, pois a transmissão de oxigênio é realizada pela diferença da pressão isostática. Este sistema de oxigenação funcionada durante o ano inteiro, 24 hora por dia. Por meio destes métodos, as plantas em flutuação absorvem as impurezas e injetam oxigênio de forma natural no esgoto. Elas também acabam fornecendo uma grande superfície para a fixação de microrganismos que auxiliam no processo de purificação, através do filtro de raízes.
Novo Hamburgo possui um projeto de construção de uma estação maior. Ela deverá utilizar o sistema Hidrolution FMF, e que estará localizada no bairro Santo Afonso. A previsão é que a estação ocupe cerca de15 hectares, tendo um orçamento de R$ 50 milhões, com início das obras em 2014.
Informações de Imprensa Universidade Feevale
FOTO: Leonardo Rosa / Universidade Feevale