Dilma voltou a defender uma distribuição igualitária dos recursos do petróleo para todos os estados e municípios brasileiros e a destinação da verba para a educação.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, dia 05, que não tem que gostar da Constituição, e sim cumpri-la. E que por isso vetou o projeto que modifica a distribuição dos royalties quando ele mexia na regra de contratos já firmados.
Dilma voltou a defender uma distribuição igualitária dos recursos do petróleo para todos os estados e municípios brasileiros e a destinação da verba para a educação.
“Eu vetei a lei dos royalties porque eu considerava que a Constituição era clara. Eu, como presidenta, não tenho de gostar das leis, muito menos da Constituição, eu tenho de respeitá-la e cumpri-la, e quando tiver a convicção de que não está correto, tomar as devidas providências, no caso, o veto. O Brasil é um país que deu um grande passo na sua maturidade institucional, ao respeitar contratos. Contrato feito é contrato respeitado.” diz a presidente.
“Não é da minha alçada interpretar, se eu quiser modificar, eu modifico a Constituição, mas eu não estava modificando a Constituição. Eu concordo que tenha que fazer uma redistribuição melhor dos royalties, principalmente porque os recursos do pré-sal são muito significativos,” afirmou Dilma.
Ela esclareceu que terá de cumprir a decisão do Congresso, caso os parlamentares aprovem a derrubada de seu veto.
– Vivemos numa democracia. O que o Congresso decidir é o que vai estar decidido. Eu lamento muito, mas se o Congresso resolver também não considerar os contratos já feitos, aí eu serei obrigada a seguir. Como disse, a gente não tem que gostar das leis, tem de aplicá-las.
Segundo Dilma, a riqueza do pré-sal tem que ser aproveitado para investimentos nas futuras gerações.
“O petróleo não dura para sempre, você tem que aplicar a melhorar o país como um todo, por isso, além disso, na minha medida provisória eu destinei todos os royalties para educação. Não é possível que o Brasil gaste royalties de petróleo fazendo chafariz em praça. Agora com o novo projeto é possível que o Brasil gaste, e deve gastar royalties fazendo creche, alfabetização na idade certa, tem que gastar em educação, na formação profissional, tem de gastar na formação universitária, tem de mandar os brasileiros, como estamos fazendo no Ciência sem Fronteiras, para as maiores universidades do mundo,” disse a presidente.
Logo no início da entrevista a radialistas paraibanos, Dilma foi cobrada pela demora em ir à Paraíba. A presidente rechaçou a cobrança, disse que está no meio do mandato e portanto não levou tanto tempo assim para visitar o estado, e que queria chegar à região com “alguma coisa para mostrar”.
Ontem ela entregou 576 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida e 22 retroescavadeiras para municípios paraibanos. “Eu não acho que demorei, eu estou no meio do meu mandato. Eu escolhi para ir para a Paraíba num momento em que várias obras tivessem prontas. Porque a gente quando vai num lugar a primeira vez, eu já estive na Paraíba várias vezes como ministra, mas como eu queria ir com presentes, ou com alguma coisa para mostrar, era importante por exemplo que tivesse apartamentos do Minha Casa Minha Vida para entregar,” explicou a presidente.
Informações de O Globo
FOTO: reprodução / globo