O secretário Armando Meziat diz que até 2013 as empresas chinesas devem abrir mão de encargos que deixam seus produtos mais baratos
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, avalia que a competitividade das empresas chinesas deverá cair até 2013. Nessa época, o país deverá participar da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o reconhecimento internacional como economia de mercado.
“O governo chinês deverá abrir mão de encargos contra as empresas internas e reduzirá os fortes subsídios que aplica atualmente e que tornam seus produtos mais baratos no mercado internacional”, diz Meziat.
O secretário afirma que atualmente o Brasil estuda 14 processos do empresariado nacional em relação a produtos da China. A solução do governo foi aplicar a tarifa de importação do Mercosul de 35%, contra os 20% que estavam sendo cobrados, para área de têxteis e calçados.
As exportações anuais do Brasil representam apenas cerca de 15% do valor global da China, estimado em US$ 1 trilhão por ano, disse Armando Meziat. As medidas que podem ser de salvaguarda são: elevação do Imposto de Impotação, adicional à Tarifa Externa Comum (TEC) e restrições quantitativas dos volumes comprados.
Para o ministério, são medidas de “urgência” aplicadas contra as importações de produtos determinados, independentemente de sua procedência. Essas devem ser usadas por período necessário para prevenir ou reparar o dano comercial e facilitar o reajuste da indústria nacional, ressaltou o secretário.