novohamburgo.org – Seu sonho profissional?
Enio- Espero de agora em diante conseguir repetir, junto com o Vale do Sinos, aquele crescimento que se teve por aqui nos anos 70 e 80, com as exportações para os Estados Unidos. O foco de estudos que eu gostaria de difundir junto as gerações futuras, até porque não sei por quanto tempo ainda vou viver, teria que estar não mais voltado exclusivamente para o mercado americano e sim para o asiático. E se isso acontecer eu vou morrer tranqüilo e feliz.
novohamburgo.org – Qual o nome de sua esposa?
Enio-
Marlene Klein. Estamos casados a 43 anos. Tenho dois filhos: o Marcos Vinicius Klein, que já trabalhou na Zero Hora, na Claro e atualmente está no Grupo Sinos. Já a minha filha, Ana Cristina Klein, de certa maneira me sucedeu no trabalho de exportações. Hoje ela atua no ramo de exportações de calçados, tendo clientes em três continentes. Então viaja muito. Tenho ainda duas netinhas: a Débora e a Sabrina.
novohamburgo.org – Onde moras em Novo Hamburgo?
Enio- Moro há 29 anos, num apartamento, na Pedro Adams Filho, bem pertinho do Senai.
novohamburgo.org – Quanto tempo o senhor foi professor da Unisinos?
Enio-
Eu estive na Unisinos durante 38 anos. Comecei em 1968 e só recentemente me aposentei. Obviamente que teve um período que eu só tinha uma aula por semana para manter o contato com o mundo universitário.
Nosso patrimônio hoje está nos mais de mil técnicos, ex-alunos da escola de curtimento e da escola de calçados que estão trabalhando na China.
novohamburgo.org – Dicas para conquistar a Ásia?
Enio- A mensagem é usarmos todo o conhecimento que temos no Vale do Rio dos Sinos sobre a China. Nosso patrimônio hoje está nos mais de mil técnicos, ex-alunos da escola de curtimento e da escola de calçados que estão trabalhando na China. Esse pessoal que agora já tem uma vivência de cultura chinesa deveriam ser aproveitados pelos nossos empresários para serem os nossos vendedores, nossos agentes, e nosso elo de ligação com o mundo chinês. Porque esse mundo asiático vai assumir a hegemonia mundial e vai ser o maior mercado consumidor do mundo. Assim como os Estados Unidos era o maior mercado mundial de calçados e nós entramos e crescemos vendendo para os Estados Unidos nos anos 70 e 80. Nós temos que agora aproveitar este crescimento extraordinário do mundo asiático. Além da China tem ainda a Indonésia e as Filipinas para serem atingidas e que juntas somam 2/3 da população mundial e que começam a consumir mais calçados. Nós temos que vender mais calçados para a Ásia. Então este é o grande desafio que nós temos aqui no Vale. E que certamente será feito por jovens. Por jovens que conseguem viajar para lá constantemente e que tenham garra e gana.