Carros luxuosos, reais, dólares, euros, libras, pesos e francos estão nas apreensões da Operação
A Operação Navalha da Polícia Federal apreendeu 38 veículos de envolvidos no esquema de desvio de recursos de obras públicas. Segundo balanço da Polícia Federal, também foram apreendidos mais de R$ 1,3 milhão, cerca de US$ 80,2 mil, 1,8 mil euros, 366,10 libras, além de valores que somam 1 mil pesos e francos.
O maior valor apreendido, que já tinha sido divulgado anteriormente pela PF, foi de R$ 730 mil em espécie na casa do engenheiro fiscal da Secretaria de Infra-Estrutura do estado do Maranhão, José de Ribamar Ribeiro Hortegal, no dia 17 de maio, quando foi deflagrada a Operação Navalha.
A PF ainda não divulgou informação sobre a origem do dinheiro ou como ele seria usado no esquema, mas a suspeita é de que seria usado como propina.
O acusado de ser o mentor do esquema, Zuleido Soares de Veras, dono da construtura Gautama, teve cinco carros apreendidos: um Audi TT coupé, duas Mercedes Benz e dois Toyota (um Hilux e outro Corolla). Já a diretora comercial da Gautama, Maria de Fátima Cesar Palmeira, apontada como “braço direito” do dono da construtora, teve dois carros apreendidos: uma BMW 325i e e um Citroen C3.
O diretor da construtora em Alagoas, Abelardo Sampaio Lopes Filho, consta na lista da PF com dois Audi A3 e um Toyota apreendidos. Outro acusado a ter carros apreendidos foi o ex-secretário municipal de Sinop (MT) Jair Pessine, que está com três carros em depósito da PF em São Paulo. Também foi levado pela PF um Toyota Corolla do ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia, Ivo Almeida Costa.
Outros nomes que constam na lista da PF com veículos apreendidos: Flávio Conceição de Oliveira Neto; Nilson Aparecido Leitão; Ney de Barros Bello; Roberto Figueiredo Guimarães; Ernani Soares Gomes Filho; Henrique Garcia de Araújo; Sérgio Luiz Pompeu de Sá; Flávio Henrique Abdelnur Candelot; Rosevaldo Pereira de Melo; Márcio Fidelson Menezes Gomes; Adeilson Teixeira Bezerra; Luiz Carlos Caetano; Jorge Eduardo dos Santos Barreto; Iran Cesar de Araujo e Silva; e o deputado distrital Pedro Passos.
Dessa vez, a Polícia Federal usou depósitos em vários estados e não os transportou para Brasília, como na Operação Furacão. A Operação Navalha foi deflagrada em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal, apontou 48 suspeitos de envolvimento em fraudes e aliciamento de agentes públicos para obter favorecimento em obras públicas.