Advogado defensor de um dos réus afirma que o comportamento da magistrada não está previsto em lei e acusou-a de querer “legislar”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A decisão de excluir do júri do caso Bruno sete jurados que participaram de outro julgamento de um dos réus – o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola – vai levar a defesa a pedir a anulação do julgamento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJ-MG.
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues que tomou a decisão nesta segunda-feira, dia 19. O advogado defensor de Bola, Zanone Manuel, afirma que o comportamento da magistrada não está previsto em lei e acusou-a de querer “legislar”. “Eles têm o direito legal de participar do julgamento”, argumenta. O advogado prometeu recorrer ao TJ-MG com um habeas-corpus para anular o julgamento ou exigir a inclusão dos sete jurados.
No dia 07 deste mês, Bola foi absolvido no julgamento em que respondia pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2000. Sete jurados envolvidos na decisão estavam no grupo de 33 nomes do qual seriam escolhidos os jurados do atual julgamento – e foram excluídos pela juíza, sob o pretexto de que a experiência poderia comprometer-lhes a imparcialidade.
Ainda de acordo com Zanone, a decisão da magistrada prejudicaria a defesa, por favorecer um perfil de jurado mais sensível ao tema. “Nós sabemos que o promotor quer colocar no júri sete mulheres”, afirmou.
Informações de portal Terra
FOTO: reprodução / 96fmarapiraca
