O revolucionário arquiteto brasileiro completa neste sábado, 15, um século de vida, já tendo dedicado mais de 70 anos às suas grandes criações
Conhecido por projetar grandes obras e prédio que se assemelham a esculturas, o arquiteto carioca Oscar Niemeyer, completa neste sábado, dia 15, 100 anos, com mais de 70 dedicados às sua criações. Entre as obras de Niemeyer destacam-se o Palácio da Alvorada, a Catedral e a Praça dos Três Poderes, em Brasília, o Conjunto da Pampulha em Belo Horizonte, entre vários outras.
O arquiteto declara-se um apaixonado pelo Brasil, tendo as formas de montanhas e cursos de rios como fontes de inspiração para suas criações de traços sinuosos. Suas idéias modernas revolucionaram a arquitetura e suas construções são polêmicas ainda hoje, já foram muito criticadas por não serem funcionais, mas a intenção de Niemeyer é fazer arte, e é assim que ele trabalha.
Ainda jovem, começou a despontar na arquitetura em Minas Gerais, projetando igrejas, prédios e escolas, que já indicavam uma tendência urbana mais moderna no país. Em Minas também iniciou sua parceria com o governador da época, Jucelino Kubistchek, e essa amizade resultou nas diversas criações modernistas de concreto armado na formação da capital federal.
O talento de Niemeyer não se limitou ao Brasil. No início da carreira foi discípulo do arquiteto francês Lê Corbusier, que se impressionava com o talento do jovem aluno. Em alguns anos, os projetos audaciosos de brasileiro ganharam a Itália, França, Argélia e até a Organização das Nações Unidas (ONU) conheceram os traços desse brasileiro.
O glamour do sucesso e dos grandes prêmios conquistados não modificaram o arquiteto, que mantém-se um homem de hábitos simples e diz não entender o motivo de tanta reverência. Entre as paixões do talentoso senhor centenário, estão o gosto por falar em futebol, suas convicções comunistas e sua paixão pelas curvas, destacando a admiração pelas formas femininas.
“Ah, como é mágico ver surgir na folha branca de papel um palácio, um museu, uma bela figura de mulher! Como as desejo e gosto de desenhá-las! Como as sinto nas curvas da minha arquitetura!”, afirma Oscar Niemeyer